E hoje eu vou chorar até meu peito abrir
Até sair a última gota de mágoa
Até a raiva, líquida, escorrer pelo chão.
Porque hoje eu vou deixar a dor me rasgar
Me dilacerar, me cortar, me ferir
Vou externar o meu cenário interno
Minhas nuvens, chuvas e infernos
Vou pintar de preto o meu chão
Lavar, com a minha água negra.
Sorrisos já não nascem, felicidade já não brota
E a minha armadura de metal já criou ferrugem.
Hoje eu vou me incendiar das minhas chamas santas
Que ardem em meu peito há tempos
Vou extravasar os meus demônios, matar os meus duendes
Pois tal e qual fênix que renasce das cinzas
Eu hei de me reerguer, com minha alma sacrossanta
Livre, limpa e renovada
Como o céu em arco-íris, sorriso multicor
Depois da mais tempestuosa e tenebrosa tragédia.
"Amanhã é outro dia... não é?"
um dos seus melhores trabalhos certamente.
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